A rota de Pedro Álvares Cabral
Vasco da Gama forneceu a Pedro
Álvares Cabral um documento com indicações detalhadas sobre a rota que devia
seguir a caminho da Índia e sobre as atitudes que devia tomar em certas
circunstâncias. Por exemplo: para os navios da armada não se perderem uns dos
outros, o melhor era dispararem dois tiros de canhão sempre que quisessem mudar
de rumo. Assim, alertavam os outros capitães e eles tratariam de virar para o
mesmo lado que a nau capitânia. No entanto, se por azar uma nau se perdesse, só
deveriam tentar encontrá-la durante o dia. À noite seria preferível baixarem as
velas, ficarem onde estavam e só retomarem as buscas ao amanhecer.
Quanto à rota, Vasco da Gama
recomendava o seguinte percurso: Lisboa – ilhas Canárias – ilhas de Cabo Verde.
Aí teriam de escolher a ilha de Santiago ou São Nicolau para se reabastecerem
com água doce e mantimentos frescos, pois a etapa seguinte seria longa. A
partir de Cabo Verde, convinha fazerem um desvio para ocidente a fim de
evitarem os ventos contrários que sopram junto à costa da África.
O rei D. Manuel I também deu
instruções a Pedro Álvares Cabral. Sobre essa conversa há várias teorias.
Alguns historiadores garantem que os Portugueses já tinham descoberto terras na
zona onde é hoje o Brasil, mas guardaram segredo para evitar a concorrência dos
Espanhóis.
Sendo assim, o rei teria ordenado
ao capitão que fizesse um desvio maior do que o necessário e descobrisse
oficialmente a tal terra secreta
Ora, nesse Tratado dividiram o
mundo em duas partes e definiram a metade em que cada país podia descobrir
terras. Como o Brasil ficava na metade reservada aos Portugueses, seria natural
anunciar sua existência. Os historiadores que assim pensam, consideram que os
navios se desviaram da rota prevista ao sabor dos ventos e das correntes
marítimas. E, portanto, é a Pedro Álvares Cabral que se deve a descoberta do
Brasil.
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